Partindo da portaria, o
caminho até a Galeria é repleto de vegetação, com algumas lixeiras e bancos no
caminho. Mas não tem construções de cimento. Seguimos a trilha, na esperança de
encontrar indícios de que estávamos chegando, mas nada nos mostrava isso. De
repente surge a obra, meio escondida na vegetação. A entrada? Ainda mais escondida,
perto de árvores e plantas maiores. Nos lembrou um sarcófago ou tumba enquanto
analisávamos.
Ao entrar na Galeria Lygia
Pape o ambiente mudou bastante: o prédio era escuro, vetando a iluminação
externa tanto quanto possível. A entrada se abria no meio de um corredor, logo
o grupo podia tomar dois caminhos na esperança de chegar a lugares distintos.
Escolhemos um dos caminhos e seguimos em frente, mas ao virar no corredor
percebemos que o teto não estava uniforme, estava distorcido, e esse efeito
aumentava ao longo do corredor até um ponto em que a escuridão não nos permitia
ver nada. Seguimos o corredor até um ponto em que, abruptamente, percebemos uma porta que estava com a obra - vários fios ligados do chão ao teto, com
iluminação dentro de cada conjunto de fios. Antes de entrarmos na sala com a
obra, checamos se o corredor seguia em frente, mas seu fim chegava logo após a
entrada da sala. Uma longa análise foi feita sobre a obra e o seu entorno (a
escuridão); a obra me lembrou do filme teias de aranha, só que claramente eram
mais firmes. Quando terminei a análise, fui ao outro lado da sala, onde tinha uma
porta que imaginei ser para outra obra, mas ela conduziu ao corredor de entrada
novamente, pelo outro caminho.Ao ler a descrição da obra (
que se chama 'Ttéia 1 C), minha impressão sobre a obra não mudou.
O formato do prédio não interfere em nada na obra. Lembrando um origami, o prédio se assemelha a um quadrado distorcido na diagonal, mas internamente existe uma caixa, onde se localiza a obra.
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